A complexidade de liderar times de vendas

Escrito por Marcelo Scharra

A liderança é uma função, ou uma responsabilidade, que exige daquele que lidera uma das mais sofisticadas capacidades humanas, que não está presente em nenhuma máquina, independentemente da inteligência artificial. Esta capacidade é a de relacionamento humano, empatia e sensibilidade.

A liderança e a interação com o outro está repleta de imprevisibilidade e subjetividade, são medos, angústias, traumas, fraturas emocionais, desequilíbrio emocional e tantos outros fatores que somente nós humanos somos capazes, se bem treinados e abertos para isso, de compreender o outro e promover uma interação respeitosa e acolhedora.

Mas se todos somos seres humanos e cheios de subjetividade haveria padrões mais difíceis de serem liderados? Acredito que cada perfil tenha sua característica específica, vou me aprofundar aqui nos times de vendas, os quais conheço bem.

Muito já falei do estereótipo do vendedor e acredito que você deva conhecer. Pois é, para sairmos da superfície, vou recorrer aos estilos comportamentais. Desde antigamente os seres humanos foram separados em 4 grandes categorias, ou para ser mais preciso, em estilos comportamentais. Inicialmente, éramos separados nos perfis: fogo, água, terra e ar; cada um com suas características.

Com a evolução da psicologia outros termos foram sendo criados em “subperfis” e traduzidos em metodologias de mapeamento comportamental como DISC e MBTI por exemplo, mas em geral sempre mantendo os 4 grandes grupos.

Em nossos treinamentos aplicamos a metodologia DISC de mapeamento comportamental e em mais de 2.000 testes temos a seguinte proporção da dominância do perfil entre times comerciais:

69% – Dominantes/Executores – Em geral são focados para resultados, competitivos, audaciosos e dão mais valor às tarefas e resultados do que aos relacionamentos 21% – Comunicadores – São orientados para comunicação, inspiradores, gostam da novidade e do diferente, são motivadores e altamente sensíveis a pessoas e relacionamentos 7% – Planejadores – São pessoas cautelosas e amáveis, orientados para a harmonia, diplomacia e gostam de estabilidade. 3% – Analistas – Bastante detalhistas, gostam de regras e processos, são sistemáticos e por vezes apresentam temperamento ácido ou sarcástico.

Bateu a curiosidade de saber qual é o seu perfil? Clique nesse link e solicite seu teste para responder gratuitamente.

Tendo então uma divisão tão clara de perfil comportamental nos times de vendas, características estas que estão associadas diretamente ao estereótipo de um vendedor, como liderar e conviver com este perfil de forma harmônica?

Como vimos aqui neste artigo, a base da liderança é composta por empatia e confiança, então se quisermos ser bem sucedidos nesta tarefa devemos compreender o que valorizam estes perfis.

Por serem muito focados em resultados, é na ação que os executores vêem valor. A pergunta que mais recebemos nos alinhamentos pré-treinamento é: “O processo é ativo? Tem muita ação?” e em seguida vem: “…porque time de vendas sabe como é né? Inquieto por natureza.”

Isso mesmo, é desse ser humano inquieto que estamos falando. Um bom profissional de vendas é incisivo e sempre ativo, afinal, as vendas não costumam vir de forma passiva.

Já os quase 30% de perfis comunicadores gostam de falar e para dizer o português claro, de aparecer, então sempre que houver esta oportunidade permita-os brilharem e conseguirá conquistar seu coração.

Não por acaso nossos treinamentos são práticos e com muita participação : )

Onde reside então a dificuldade da liderança destes perfis?

A dificuldade está justamente no fato de que em geral os líderes de vendas também possuem perfis semelhantes, diretivos, que gostam de dar o tom da conversa e o caminho a ser seguido, focando mais na tarefa e por muitas vezes ignorando a pessoa. O que pode ser mais crítico ainda é quando existe uma combinação de Executor com Comunicador, pois aí o líder ou os dois tentam dar o tom da conversa e querem brilhar, geralmente nestes casos sobressai a hierarquia e  a competição, e vai por água abaixo a empatia e por consequência a confiança, desconstruindo o processo de liderança.

Descrevo abaixo então algumas  sugestões de caminhos que podem facilitar este processo. Lembrando que é um caminho de construção e de muita escuta e empatia.

Procure ouvir ativamente – Vendedores são falantes e comunicativos, mas muitas vezes não muito claros e objetivos, utilize isso a favor da construção da confiança e esteja aberto para perguntar. – Caso tenha interesse neste tema temos um artigo sobre isso: Você escuta para responder ou para compreender? Descarte a ironia – perfis competitivos rapidamente transformam uma conversa em um campo de batalha, procure ser ameno nas colocações e se possível sempre de forma leve e não combativa. Lembre-se que o objetivo não é vencer uma batalha, mas construir uma relação próspera para ambos. Prepare-se – Evite realizar estas conversas que podem ser mais ásperas em ambientes acalourados. Reserve um horário em que os dois estejam mais tranquilos e tente sempre focar no objetivo da conversa e não em quem é melhor. Evite tomar decisões prontamente – Como pessoas práticas é natural que líderes e vendedores queiram sair das conversas com os assuntos todos definidos, mas muitas vezes quando tomamos uma decisão na reunião e refletimos posteriormente, identificamos caminhos melhores e a decisão tomada pode dificultar voltar atrás. Respire e peça um tempo, se for necessário.

Com este artigo espero ter ajudar na sua reflexão, seja você líder ou liderado, o mais importante é ter um foco na construção da relação e não em quem é melhor.

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    Coach: Todos deveriam ter um

    Escrito por Marcelo Scharra

    Segundo Patrick Mouratoglou, coach e treinador responsável pelo sucesso de Serena Willians, tenista norte americana, todos que querem atingir um alto nível de desempenho precisam evitar a auto sabotagem – um termo conhecido, principalmente, no mundo da psicologia, mas não pela maioria dos profissionais.

    A auto sabotagem acontece quando você acredita que está dando o seu máximo e deixa de repetir rotinas produtivas de maneira, muitas vezes, inconsciente. Por exemplo, quando você se inscreve na academia e vai 5 dias seguidos, depois não aparece mais, ou quando se propõe a ler algum livro que vai te fazer bem, mas utiliza a desculpa de que está cansado. Isso é auto sabotagem.

     

    Este tipo de comportamento, que a nossa zona de conforto é mestre em nos colocar, pode ser rapidamente detectado por um profissional, fazendo com que qualquer pessoa possa enxergar e atingir níveis que ela sequer sabia que existiam. No português claro, costumo dizer que “É mais fácil ver o nível da água quando se está fora do aquário”.

     

    Mas por que isso acontece?

     

    Nossa mente possui muitos artifícios para driblar a suposta racionalidade, que acreditamos ditar nossos comportamentos. Digo “suposta”, porque creditamos grande parte de nossas decisões à nossa decisão consciente, quando, na verdade, é apenas um processo de transformar em lógico um estímulo emocional que foi processado em nosso subconsciente.

     

    Para deixar o papo mais dinâmico, vou citar o episódio em que Serena encontrou dificuldades para performar nas bolas próximas à rede. E isso, de fato, era um ponto a ser desenvolvido por ela.

    Tamanha era sua certeza de que não seria capaz que, mesmo as bolas que eram passíveis de se converterem em pontos, ela não tentava, devido à crença de que “Não seria pra ela”.

    No intervalo de um jogo, vendo que esta insuficiência poderia lhe custar o campeonato, seu coach mentiu. Ele lhe que os novos dados refletiam que ela convertia 80% das bolas curtas, e que ela estava perdendo o jogo em um dos pontos que eram mais fortes. Ela ficou na dúvida, mas, devido à credibilidade de seu treinador, acreditou. Passou a se jogar em todas as bolas e conseguiu melhorar sua campanha, tornando-se campeã do torneio.

     

    Muitas vezes, nos tornamos reféns de nossas próprias crenças e nos cansamos antes de nossos técnicos, coachs ou analistas. Afinal, nosso papel é jogar e, o deles, orientar. Com um olhar neutro, reforçando as potencialidades que nossa zona de conforto, medo ou, até mesmo, histórico familiar, às vezes, nos convencem que são pontos fracos.

     

    Falando em pontos fracos, ainda neste episódio, Patrick contou sobre sua infância. Relatou que era um menino tímido e que, por ter muita vergonha de falar em público, acabou se tornando um grande observador, o que fez dele um excelente analista de pessoas, capaz de ler comportamentos e hábitos que poucos observavam e tornando aquilo o que parecia ser um defeito em sua grande arma.

     

    E você, o que tem escondido por acreditar ser um defeito, mas, na verdade, é sua maior alavanca de resultado?

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      8 verdades desconfortáveis que você deve aceitar

      Escrito por Felipe Chaya

      Este não é mais um texto específico sobre vendas ou treinamento, mas você precisa ler. E já aviso, não será tão reconfortante como você espera, entretanto, ajudará no seu desenvolvimento.

       

      Estava eu, já deitado e me preparando para ter o sono dos justos, e assim como a grande maioria das pessoas do mundo, estava dando uma checada no Instagram, até que passei por uma postagem que me chamou a atenção. O título era 8′ Verdades desconfortáveis que precisamos aceitar”.

       

      Hoje, resolvi dividir com você um pouco desta reflexão.

       

      1 – Você encontrará a felicidade onde está agora, ou então ela estará em lugar algum.

      Não é um novo relacionamento, não é um novo emprego, não é uma meta concluída e não é um carro novo. Até que você desista da ideia de que a felicidade está em outro lugar, ela nunca estará onde você estiver. A alegria está nas pequenas coisas e você precisa saber que nem todos os dias serão incríveis.

      Você consegue me dizer o dia exato em que passou a amar sua esposa ou marido? Ou o dia específico em que passou a confiar no seu melhor amigo? Não. Você não consegue, pois não existe uma métrica ou um indicador para isso. Com a felicidade é a mesma coisa: ela simplesmente é algo que está aí, acontecendo bem na frente do seu nariz.

       

      2 – Desistir é para os vencedores.

      Ao contrário da opinião popular, desistir é para vencedores. Saber quando parar, mudar de direção, sair de uma situação tóxica, exigir mais da vida, desistir de algo que não está dando certo e seguir em frente são habilidades muito importantes e comuns em pessoas que têm sucesso na vida.

      Michael Jordan, Oprah Winfrey e Bill Gates são exemplos de pessoas que resolveram parar, mesmo estando no auge. Eu também poderia listar outros nomes de pessoas que não aceitaram desistir, mesmo sabendo que o jogo já tinha acabado, mas entraríamos em questões mais delicadas. Por isso, vou te convidar a pensar em nomes que, claramente, deveriam ter desistido antes.

      Não se engane, ter essa capacidade é algo bastante sofisticado. Você precisa se conhecer bem e entender muito bem todas as variáveis. Você não deve desistir porque é difícil, mas porque a situação está um lixo.

      Pode parecer fácil, mas saber distinguir se o desafio é grande ou se a situação é tóxica requer bastante habilidade. Nunca desista pelo tamanho do desafio, mas sim pelo fato de ser uma situação péssima para você!

       

      3 – Se eles realmente quisessem, eles fariam.

      Se você aplicar pressão, eles farão o que você deseja. Mas, se tirar essa pressão, saberá o que eles preferem fazer. Não gaste energia e nem desperdice a sua vida lutando contra o que alguém prefere fazer. Deixe eles irem, siga em frente e faça melhor.

       

      4 – Não correr riscos é o maior risco.

      Se quiser ter sucesso, arrisque o fracasso, se quiser ser aceito, arrisque a rejeição e se quiser amar, você precisa correr o risco de sofrer.

      O maior erro que você pode cometer é passar a vida toda evitando riscos. Se fizer isso, o risco que corre é o de deixar a vida passar bem à sua frente sem participar dela.

      Você sabia que, todas as vezes em que pensamos em fazer uma coisa boa, o nosso cérebro cria, na mesma proporção, um pensamento ruim sobre isso? Por exemplo, se eu penso em gravar um vídeo que poderá ajudar pessoas, o meu cérebro cria um contraponto, dizendo “É… Mas aí você será julgado e as pessoas podem não gostar disso. Quem falou que elas precisam do seu vídeo?”.

      Não, não estou te estimulando a sair por aí, realizando atos inconsequentes como se não houvesse amanhã, mas os riscos estão aí para serem corridos e você pode calculá-los dentro de alguma expectativa.

       

      5 – Chame a si mesmo, assuma o protagonismo da sua vida.

      A razão mais comum pela qual as pessoas continuam cometendo os mesmos erros é porque o seu ego inseguro as impede de assumirem a responsabilidade por suas besteiras, seus próprios traços tóxicos e seus próprios erros.

      Você tem que chamar a si mesmo para assumir o controle. Isso significa que, a partir de agora, deve se preocupar muito mais com o futuro, seu progresso e a sua felicidade do que apenas proteger o seu ego.

       

      6 – O encerramento é sua escolha.

      O encerramento não é um pedido de desculpas, justiça ou respostas. Essas coisas estão na caixinha da insegurança. Se uma situação fez você se sentir péssimo, qual é a lógica em tentar resolver voltando para ela? Tentar resolver reabrindo o que você já sabe que não dá certo é uma insanidade.

      O encerramento não é algo que você receberá de alguém, mas seguir com a vida, superar, sim são escolhas que cabem somente a você, e ninguém mais.

       

      7 – Se você estiver feliz sozinho, será ainda mais feliz junto.

      Não existe nenhum tipo de afeto que possa preencher o vazio de uma pessoa que ainda não se ama. Não há como conquistar uma independência emocional se você depender de algo, ou alguém. Não há segurança pessoal somente pelo fato de ter se ligado a uma pessoa segura.

      Você já deve ter visto a frase “Quer ir rápido, vá sozinho, mas se quiser ir mais longe, vá acompanhado”, mas eu a adaptaria da seguinte forma “Se você consegue chegar rápido e sozinho, perfeito! Agora sim, você pode voltar e procurar uma companhia”.

      A pergunta que eu trago para a sua reflexão é a seguinte: Quando você chegar lá, quem estará ao seu lado para comemorar? Entenda que, enquanto não tiver uma relação saudável consigo mesmo, você não será a melhor pessoa para tomar decisões sobre outras pessoas.

       

      8 – Não é o seu trabalho consertar pessoas danificadas.

      Sua responsabilidade de ajudar alguém nunca superará a de ajudar a si mesmo. Uma provocação válida para você agora: qual o foi o motivo que te fez se mobilizar tão rápido e com tanto empenho quando alguém precisava desesperadamente de “conserto”, e por que essa dedicação nunca acontece quando o problema é com você?

      Não estou dizendo que as pessoas não te ajudam da mesma forma, estou perguntando por que VOCÊ não se ajuda da mesma maneira. Na maioria das vezes, os nossos apegos emocionais, românticos ou não, contam uma história sobre um problema que temos dentro de nós mesmos.

       

      E aí, vai ter que parar pra processar isso tudo né?

      Normal, faz parte! E se conseguir entender um pouco de cada um desses pontos, com certeza, atingirá um nível superior de autoconhecimento, fundamental para vivermos bem nos dias de hoje.

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        O jogo infinito

        Este é o título da mais nova obra do renomado escritor Simon Sinek, que dentre suas obras tem a “Comece pelo Porquê” onde apresenta a teoria do Golden Circle, caso não conheça recomendo que assista um vídeo, que apenas de ser de 2009, continua atual. Para assistir, clique aqui.

        Resolvi escrever sobre este livro, pois a reflexão sugerida por ele é baseada em um artigo de mesmo nome de outro autor nos faz refletir sobre a finitude do jogo da vida, inclusive profissional.

        Simon traz grande destaque para as métricas egóicas que são constantemente construídas para criarem heróis. Nossa sociedade tem este perfil em que os super-homens e as super-mulheres são nossos destinos obrigatórios e onde ancoramos nossa felicidade.

        Desde sempre ouvimos a importância de se apreciar a jornada mais do que o destino, afinal, quando o jogo da vida acaba? Qual será o dia, mês e hora em que chegaremos a este destino e a partir dali seremos felizes? Será que esta data existe?

        Em um jogo de futebol ou em uma corrida existe uma regra que define o vencedor, no futebol é quem faz mais gols e na corrida é o que chegar primeiro, mas e na vida? E na sua profissão, quando você poderá definitivamente ser um vencedor?

        Ana Claudia Quintana Arantes, médica formada pela USP e autora do livro: A morte é um dia que vale a pena viver (recomendo a leitura ou assista aqui o TEDx dela), especialista em pacientes terminais, relata que grande parte de seus pacientes reconhecem que postergaram a felicidade sempre e a colocaram em um lugar futuro que descobriram não existir. Curioso né?

        Hoje é sexta feira e o objetivo deste artigo não ser melancólico, mas fazer um convite para que você aproveite e faça um grande esforço para se manter no presente, aproveitando cada quilômetro da viagem e não só quando o avião pousar ou quando a maratona acabar.

        Relato aqui uma experiência que passei há 15 dias. Gosto muito de corrida de rua e já pratico há alguns anos, recentemente eu criei gosto também pelo ciclismo, mas isso é outra história.

        Há duas semanas participei de uma prova de corrida, na verdade era um desafio, algo feito sem aglomeração e com responsabilidade, mas com muitos quilômetros. Estava um pouco destreinado, mas topei e assumi a responsabilidade de apreciar cada km, afinal eram 16.

        Foi uma experiência interessante pois a todo tempo fomos treinados para um jogo finito, onde só vale a chegada e só há um vencedor.

        Lutei com minha mente o tempo todo, pouco mais de 1h foi o tempo que a luta durou, mas posso dizer que venci, vim passeando pelos parques, concentrado em cada passada e observando a paisagem e sentindo cada respiração, como ensina o conceito Budista da atenção plena.

        Foi difícil, mas posso dizer que venci a batalha contra nosso maior oponente neste jogo infinito, a nossa mente.

        Fica aqui então meu reflexivo convite para que apreciem, com moderação (ou não) os próximos dias que virão e que a próxima segunda feira não seja o início de mais uma contagem regressiva para o próximo final de semana e sim mais um passo a ser vivido neste jogo infinito de nossa evolução.

        Já que não há um dia em que poderemos nos declarar como vencedores da vida, que este dia seja todos os dias.

         

        Fiquem então com estas duas dicas de leitura:

        Jogo Infinito, de Simon Sinek.

        A morte é um dia que vale a pena viver, de Ana Claudia Quintana Arantes.

         

        Marcelo Scharra

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          A essência humana continua a mesma, apenas os formatos mudaram!

          Como você está utilizando as plataformas digitais para estreitar o relacionamento com seus clientes?

           

          Orçamentos reduzidos e ciclos de vendas mais longos são o novo normal e, neste cenário, fortalecer o relacionamento entre compradores e vendedores é fundamental.

          As palavras chave são conexão e confiança. Mas como podemos fazer isso de maneira remota?

          Esta é uma dúvida muito comum nos times de vendas, uma vez que nós, brasileiros, fomos moldados a um relacionamento sempre próximo e caloroso. Estar perto fisicamente, para nós, é importante. É possível que você já tenha presenciado alguma cena de estrangeiros comentando como somos hospitaleiros e animados. Por ter esta característica tão forte em nosso DNA, não tem sido fácil para muitos times mudarem seus mindsets para a construção de relacionamentos remotos.

          O fato de que, apesar do contato ser remoto, a essência humana continua a mesma. E eu acredito muito em três aspectos que fortalecem o relacionamento neste novo momento.

          1 – Disponibilidade

          Veja, eu posso estar presente fisicamente e não estar disponível. Imagina que você encontra seu corretor de seguros todas as semanas, mas, ao se envolver em um sinistro no sábado a noite, quando você precisa de fato de falar com ele, ele não te atende ou não te retorna e você tem que se virar sozinho. O fato de estar presente fisicamente não foi importante para a construção do relacionamento. Mais interessante seria não encontrá-lo com frequência, e sim estar disponível no momento em que realmente precisou.

          2 – Confiança

          O processo de confiança ocorre quando uma das partes se torna, ou está, vulnerável e a outra o suporta. Para continuar no exemplo acima, vamos dizer que, ao se envolver em um sinistro, este corretor ofereça todo o suporte e poupe seu cliente de maiores transtornos, devido ao seu conhecimento dos processos da seguradora, e consiga, inclusive, reduzir o tempo de indenização de seu cliente. O fato de ter suporte em um momento de vulnerabilidade é o que gera confiança. Ah! Vale lembrar que não precisa estar presente ou no mesmo ambiente, basta que tire seu cliente da zona da vulnerabilidade e o coloque em um lugar seguro.

          3 – Relevância

          O terceiro aspecto que quero destacar aqui neste processo de construção de confiança e fortalecimento de relacionamentos remotos é a sua autoridade sobre o tema de interesse do seu cliente ou comprador. O quanto você conhece do assunto e o quanto o seu conhecimento pode ajudar o seu cliente, seja com os produtos e serviços que você vende, seja apenas com sua capacidade de solucionar problemas.

          Ser relevante é o melhor antídoto para combater a falta de tempo das pessoas. Hoje, o tempo é o ativo mais caro do universo, e se não tiver informações ou questões relevantes, a agenda de seus clientes estarão sempre cheias. Mas, se tiver conhecimentos relevantes que façam ele economizar dinheiro ou melhorar a eficiência, você sempre será atendido.

          Vivemos tempos de distanciamento, mas o princípio da reciprocidade, empatia, relevância e autoridade ainda são soberanos à toda tecnologia existente.

          No novo normal, o canal de vendas mudou, mas seres humanos continuam sendo humanos – vulneráveis e prontos para serem suportados.

           

          Obrigado pela leitura!

          Marcelo Scharra

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            O que te tira do sério é culpa de quem?

            Escrito por Felipe Chaya

            Quando foi a última vez que algo te tirou do sério?

            Vamos pensar em uma cena clássica. É sexta, você acabou de acordar, já tem a sua rotina certa. Levanta, toma um banho, veste as roupas previamente pensadas, toma um café com a família, pega o material do trabalho, chaves de casa e sai feliz da vida.

            Tudo está perfeito, até que um cidadão resolve fechar o seu carro do nada, enfia a mão na buzina e, além de tudo, te xinga de todos os nomes possíveis. Você é uma pessoa consciente e sabe que o erro não foi seu, e isso faz com que todas aquelas sensações boas que estava sentindo saiam imediatamente do seu corpo.

             

            Minha pergunta é: quais sentimentos assumirão o controle a partir deste momento?

            A resposta poderá determinar como anda o seu QE, ou coeficiente emocional, um termo popularizado pelo renomado psicólogo e escritor, Daniel Goleman, com o seu livro “Inteligência Emocional”. Segundo ele, Inteligência Emocional tem a ver com o quanto dominamos a nós mesmos e nossas relações.

             

            Existem 4 domínios fundamentais:

             

            1 – Autoconsciência

            Reconheça o que sente e porque sente – esta é uma base para a boa intuição, tomada de decisão e também é uma bússola moral.

             

            2 – Autogestão

            Tome conta das emoções estressantes de uma maneira eficaz para que elas não estraguem o seu dia, ou o momento e, ao mesmo tempo, saiba sintonizar essas emoções quando necessário para aprender com elas, pois toda emoção tem uma função. Dentro deste tópico, saiba como fazer brotar as emoções positivas, nos envolvendo e nos entusiasmando com o que trabalhamos, alinhando nossas ações com nossas paixões.

             

            3 – Empatia

            É muito mais do que ser uma pessoa agradável, é sobre compreender o que a outra pessoa está sentindo e se disponibilizar verdadeiramente para ajudar.

             

            4 – Habilidade Social

            Será definida de acordo com a forma como você conseguirá colocar os 3 primeiros pontos juntos.

             

            Agora que você sabe um pouco mais sobre Inteligência Emocional, como seria a sua reação com a fechada do carro que levou?

             

            É claro que, instintivamente, quase todos nós agiríamos de forma brusca e violenta. Mas por quanto tempo esse sentimento permanece reverberando dentro de você? Se ele for capaz de acabar com o seu dia e consumir uma energia suficiente a ponto de derrubar a sua produtividade, sinto lhe informar, mas você tomou um sequestro emocional – termo também difundido por Daniel Goleman.

             

            O sequestro emocional é sobre quando um sentimento é processado por estruturas primárias do cérebro de forma tão rápida que não permitem a participação do neocórtex.

            Quando este evento ocorre, ficamos preso em um looping do qual não é fácil sair, e isso é extremamente prejudicial. Mas, quanto maior for o seu coeficiente emocional, mais protegido de sequestros emocionais você estará.

             

            Lembre-se de ampliar a sua autoconsciência e entender o que está sentindo, saiba controlar suas atitudes e entenda o que o outro está sentindo. Quanto mais treinar estes aspectos, mais fácil será lidar com os problemas cotidianos do trabalho, família e relações de modo geral.

             

            Conseguiu lembrar de alguma situação que aconteceu com você e não sabia que era um Sequestro Emocional?

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