A essência humana continua a mesma, apenas os formatos mudaram!

Como você está utilizando as plataformas digitais para estreitar o relacionamento com seus clientes?

 

Orçamentos reduzidos e ciclos de vendas mais longos são o novo normal e, neste cenário, fortalecer o relacionamento entre compradores e vendedores é fundamental.

As palavras chave são conexão e confiança. Mas como podemos fazer isso de maneira remota?

Esta é uma dúvida muito comum nos times de vendas, uma vez que nós, brasileiros, fomos moldados a um relacionamento sempre próximo e caloroso. Estar perto fisicamente, para nós, é importante. É possível que você já tenha presenciado alguma cena de estrangeiros comentando como somos hospitaleiros e animados. Por ter esta característica tão forte em nosso DNA, não tem sido fácil para muitos times mudarem seus mindsets para a construção de relacionamentos remotos.

O fato de que, apesar do contato ser remoto, a essência humana continua a mesma. E eu acredito muito em três aspectos que fortalecem o relacionamento neste novo momento.

1 – Disponibilidade

Veja, eu posso estar presente fisicamente e não estar disponível. Imagina que você encontra seu corretor de seguros todas as semanas, mas, ao se envolver em um sinistro no sábado a noite, quando você precisa de fato de falar com ele, ele não te atende ou não te retorna e você tem que se virar sozinho. O fato de estar presente fisicamente não foi importante para a construção do relacionamento. Mais interessante seria não encontrá-lo com frequência, e sim estar disponível no momento em que realmente precisou.

2 – Confiança

O processo de confiança ocorre quando uma das partes se torna, ou está, vulnerável e a outra o suporta. Para continuar no exemplo acima, vamos dizer que, ao se envolver em um sinistro, este corretor ofereça todo o suporte e poupe seu cliente de maiores transtornos, devido ao seu conhecimento dos processos da seguradora, e consiga, inclusive, reduzir o tempo de indenização de seu cliente. O fato de ter suporte em um momento de vulnerabilidade é o que gera confiança. Ah! Vale lembrar que não precisa estar presente ou no mesmo ambiente, basta que tire seu cliente da zona da vulnerabilidade e o coloque em um lugar seguro.

3 – Relevância

O terceiro aspecto que quero destacar aqui neste processo de construção de confiança e fortalecimento de relacionamentos remotos é a sua autoridade sobre o tema de interesse do seu cliente ou comprador. O quanto você conhece do assunto e o quanto o seu conhecimento pode ajudar o seu cliente, seja com os produtos e serviços que você vende, seja apenas com sua capacidade de solucionar problemas.

Ser relevante é o melhor antídoto para combater a falta de tempo das pessoas. Hoje, o tempo é o ativo mais caro do universo, e se não tiver informações ou questões relevantes, a agenda de seus clientes estarão sempre cheias. Mas, se tiver conhecimentos relevantes que façam ele economizar dinheiro ou melhorar a eficiência, você sempre será atendido.

Vivemos tempos de distanciamento, mas o princípio da reciprocidade, empatia, relevância e autoridade ainda são soberanos à toda tecnologia existente.

No novo normal, o canal de vendas mudou, mas seres humanos continuam sendo humanos – vulneráveis e prontos para serem suportados.

 

Obrigado pela leitura!

Marcelo Scharra

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    Você se acha um profissional “faca na caveira”?

    Escrito por Felipe Chaya

    “Aqui é faca na caveira.”

     

    Se esta frase nunca foi dita por você, com certeza já deve ter ouvido algum colega de trabalho utilizá-la em algum momento de euforia – numa reunião de metas ou no fechamento de um grande contrato.

     

    Esta frase, conhecida de longa data dos militares espalhados pelo mundo, se popularizou no Brasil em 2007, com o filme “Tropa de Elite”.

    O símbolo da caveira, com uma faca cravada nela, é utilizado pelas melhores equipes de operações especiais ao redor do mundo todo e, diferente do que muitas pessoas podem pensar, ela não significa a morte pura e simplesmente. Porém, representa a vitória da vida sobre a morte.

     

    Foi durante a Segunda Guerra Mundial, entre 1939 e 1945, nos campos de batalha, que originou-se a frase “Faca na Caveira”. Uma equipe inglesa de Operações Especiais, conhecida como “Comandos” – que tinha o símbolo de um punhal representando sua organização – ao chegar num território inimigo, encontrou uma caveira, um dos símbolos que representavam os Nazistas.

    Um dos combatentes ingleses cravou um punhal na parte de cima desta caveira, e este gesto retratou o que estava acontecendo: as forças inglesas representando a vida estavam vencendo a morte, representada pelo regime nazista de Hitler.

     

    “Não é o militar mais técnico, nem o mais bem preparado fisicamente que irá concluir o curso, mas sim o militar com melhor preparo psicológico”, disse um instrutor do CAC (Curso de Ações de Comandos), após a cerimônia em que os candidatos deixam o gorro camuflado e recebem o gorro preto.

    O CAC é um curso que forma os melhores e, por isso, não é fácil. Somente cerca de 25% dos inscritos conseguem se formar, ou seja, a grande maioria não resiste nem ao treinamento.

     

    O treinamento nada mais é que preparar o indivíduo para enfrentar qualquer tipo de problema que o campo de batalha possa oferecer. Mesmo que sejam fatos raros, é fundamental que um combatente esteja preparado e com o conhecimento enraizado para resolver qualquer coisa sem nem ter que pensar sobre isso.

     

    Vamos deixar as batalhas militares de lado e voltar para as batalhas do nosso mundo corporativo.

    O que faz um profissional ser um “faca na caveira” é, não são somente os seus resultados, mas o processo de treinamento ao qual ele foi submetido e como ele colabora com os outros membros da sua equipe.

     

    Nas organizações, geralmente, aqueles que se dizem ser “faca na caveira” são os primeiros a reclamar quando submetidos a treinamentos, de simples implementação de métodos a complexos sistemas.

    É verdade que, em alguns casos, os treinamentos aplicados não são os mais interessantes, ou talvez nem tão úteis, mas o fato é que: treinar é preciso, e muito. Não existe atalho. Se um profissional quer se destacar em sua organização, assumir o protagonismo em sua vida, ele precisa estar capacitado, treinado e com a sua inteligência emocional desenvolvida.

     

    Treinar não é algo obrigatório. Neste caso, você pode assumir um status medíocre e está tudo certo – conforme diz nosso artigo anterior a este. Porém, não diga que é um “faca na caveira”.

    Como diria o famoso personagem Capitão Nascimento: “Tire essa roupa preta porque tu não é caveira! Tu é moleque!”

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